sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Etapa 1



Viaja até à Lisboa do Século XVI e aceita o convite de D. Diogo entrando a bordo do galeão Santa Gertrudes. Perpara-te para uma emocionante viagem.
Etapa a etapa revisitarás vários pontos do Império. Para tal, terás de ultrapassar, com sucesso, os vários desafios que te são apresentados.
Resta-nos desejar-te Boa Viagem! Evita os Corsários e os Ventos Contrários!!

Lisboa no Século XVI

A Vida a Bordo de um Galeão

A VIDA A BORDO DE UM GALEÃO

Etapa 2


Data 1419 a descoberta oficial do Arquipélago da Madeira. Os seus descobridores ficaram deslumbrados com o que viram. A vegetação era densa e os pássaros vinham pousar-lhes na cabeça. Como as ilhas estavam deserta, D. JoãoI ofereceu-as ao filho, o Infante D. Henrique que organizou o seu povoamento. Dividiu as ilhas em capitanias, entregues aos seus descobridores. Estes como capitães-donatários tinham muitos poderes sobre as terras descobertas. Com eles partiram para a ilha as suas famílias e vários colonos que iniciaram o povoamento e exploração do Arquipélago.

Infante D.Henrique

Ribeira da Achada, Madeira

Ilha da Madeira

Etapa 3


Acabaste de chegar a um novo Continente. Pedro Álvares Cabral aqui chegado a 22 de Abril de 1500 julgou tratar-se de uma ilha muito grande, dando-lhe o nome de Vera Cruz.
A Coroa Portuguesa não se revelou, de início, muito interessada pelo território recém - descoberto. No reinado de D. JoãoIII, o Brasil foi dividido em Capitanias iniciando-se o seu povoamento e colonização.
Ao corte do Pau-Brasil, seguiu-se a Cana-do-Açúcar cuja produção assentou na mão-de-obra escrava, tornando-se a principal riqueza deste Território ao longo dos séculos XVI e XVII. Com menor importância foram ainda plantados o tabaco e o algodão.

Descoberta do Brasil - 3

Descoberta do Brasil - 2

Descoberta do Brasil

Constelação Cruzeiro do Sul



Uma nova bandeira republicana foi idealizada por Raimundo Teixeira Mendes, com a colaboração de Miguel Lemos e do Professor catedrático em Astronomia Manuel Pereira Reis, sendo o desenho executado por Décio Vilares. Para atrair a simpatia - e garantir aprovação - Teixeira Mendes e Miguel Lemos pretendiam fazer entender que o criador da bandeira havia sido o General Benjamim Constant (1836-1891). Mas ele foi pouco mais que um intermediário entre os autores do projecto e o Governo Provisório. Constant apenas sugeriu destacar a constelação do Cruzeiro do Sul na bandeira, o que foi feito.

Bandeira Brasileira


7ª Etapa

Chegados a este local, atingiram o Cabo da Boa Esperança o qual ficou associado a uma figura mitológica. Na Literatura, na Escultura e na Pintura esta figura mereceu um tratamento distinto, de acordo com o autor que a abordou.

Representação do Adamastor em azulejo


Episódio do Adamastor, Os Lusíadas

«Não acabava, quando ũa figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.

«Tão grande era de membros, que bem posso
Certificar-te que este era o segundo
De Rodes estranhíssimo Colosso,
Que um dos sete milagres foi do mundo.
Cum tom de voz nos fala, horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo.
Arrepiam-se as carnes e o cabelo,
A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!

«E disse: – «Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas,
Pois os vedados términos quebrantas
E navegar meus longos mares ousas,
Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,
Nunca arados d' estranho ou próprio lenho;
[...]
«Aqui espero tomar, se não me engano,
De quem me descobriu suma vingança;
E não se acabará só nisto o dano
De vossa pertinace confiança:
Antes, em vossas naus vereis, cada ano,
Se é verdade o que meu juízo alcança,
Naufrágios, perdições de toda sorte,
Que o menor mal de todos seja a morte!

Luís de Camões

Adamastor


O Mostrengo


"O Mostrengo", Fernando Pessoa

O MOSTRENGO

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou trez vezes,
Voou trez vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou trez vezes,
Trez vezes rodou immundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-rei D. João Segundo!»

Trez vezes do leme as mãos ergueu,
Trez vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer trez vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quere o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D' El-rei D. João Segundo!»

Fernando Pessoa

Óleo de Carlos Alberto Santos

O Mostrengo

Vasco da Gama

Descoberta do caminho para a Índia - 1498